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“O que precisar a gente vai fazer”, diz policial a Jefferson

Imagens mostram negociação bastante amigável com o suspeito de atacar agentes da Polícia Federal a tiros e com lançamento de granadas;
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Uma reação chocante à ação de policias federais no último domingo (23) causou revolta em diversos setores da sociedade. O ex-deputado Roberto Jefferson atacou uma equipe da PF que cumpria um mandado de prisão em sua residência no Rio de Janeiro e deixou dois agentes feridos.
Somente após oito horas de resistência é que a ordem foi cumprida e os policiais federais puderam conduzir Roberto Jefferson à prisão. E um vídeo que circula entre os agentes da PF mostra uma conversa amistosa entre o ex-parlamentar e um policial federal que negociava a rendição dele na tarde deste domingo (23).

Mais cedo, ao comentar a prisão de Jefferson, o presidente Jair Bolsonaro (PL) havia dito que “o tratamento dispensado a quem atira em policial é bandido”. No entanto, o vídeo mostra o policial sendo cordial com o ex-deputado —ele chega a dizer: “O que o senhor precisar a gente vai fazer”.

Na gravação, é possível ver que a conversa entre Jefferson e o policial, que não teve sua identidade confirmada pela reportagem, é acompanhada por Padre Kelmon (PTB), candidato derrotado à Presidência.

Inicialmente, o ex-deputado afirma que não atirou nos policiais —mas revidou. “Eu quero lhe dizer uma coisa. Não atirei neles. Eles sabem disso. Eu cheguei e eles estavam embaixo, e eu com fuzil, com a arma.”

O policial responde que “os meninos estão bem”, numa possível referência aos agentes feridos, que foram socorridos e passam bem, segundo nota divulgada mais cedo pela PF.

“Eu falei: ‘vocês não têm como me levar. Vocês não estão armados’. Todo mundo sem colete. Todo mundo de peito nu”, disse o ex-deputado.

O agente que negocia com Jefferson pontua que os colegas que foram cumprir a ordem de prisão são da área de inteligência, “burocráticos”, trabalham em escritório e “não são operacionais”.

Jefferson relata que um policial “magrinho” atirou nele. “Ele que atirou em mim primeiro”, afirma. “Ele três vezes ficou enquadrado no meu red dot [função que auxilia o atirador na hora do disparo]. E eu falei, ‘não atira nele, Roberto Jefferson’. Eu não atirei. Quando eles correram para atrás da viatura, aí eu joguei a granada na frente”, revela.

O policial pergunta que tipo de granada Jefferson atirou contra os policiais, e ele responde que era de efeito moral. O agente ri —ao fazer comentário sobre o cheiro no local.

Jefferson admite ainda ter jogado uma segunda granada quando os policiais desceram a ladeira e diz que atirou apenas contra o carro “quando não havia ninguém”.

Fonte: Diário Online 

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