MEC deve autorizar vagas para cursos de medicina só onde faltam médicos, diz ministro
A partir da próxima quarta-feira, 05, abertura de novos cursos de medicina deixa de ser proibida no Brasil. Mas a medida, segundo o ministro da Educação Camilo Santana, será permitir apenas para a criação de vagas nas regiões onde faltam médicos.
A ideia inicial é que tenham foco a partir do Programa Mais Médicos para exatamente ter cursos onde há carência e necessidade desses profissionais, disse Camilo Santana nesta segunda-feira, 3.
A proibição estabelecida em 2018 durante o governo do ex-presidente Michel Temer era uma tentativa de controlar a qualidade da formação de profissionais de saúde após um boom no surgimento de faculdades privadas. Ficou estabelecido que essa moratória valeria até a próxima quarta, 05.
O ministro confirmou o fim da moratória e disse que após ela o MEC e o Ministério da Saúde vão elaborar um edital sobre o assunto.
Sem dar números, o ministro da Educação afirmou ainda que em razão de decisões judiciais o número de vagas de novos cursos de medicina cresceu mais durante a vigência da moratória do que antes dela.
O que aconteceu? Uma enxurrada de decisões judiciais. O objetivo da moratória era reduzir o número de cursos, mas o que fez foi aumentar e temos que ver a qualidade desses cursos que estão sendo oferecidos para os estudantes de medicina no Brasil, afirmou Santana.
No entanto, os registros das entidades que acompanham o assunto apontam que desde o início da vigência da moratória foram abertas 11 mil vagas por meio de decisões judiciais. Além delas, também foram criadas outras 5 mil que tiveram pedido de abertura feito antes do início da proibição. Ou seja, um total de 6 mil aproximadamente. De acordo com os registros do MEC, de 2014 a 2018 foram criadas 12 mil vagas em cursos de medicina. Luciana Carvalho estagiária da Redação sob supervisão de Keila Ferreira, Coordenadora do Núcleo de Política.
Fonte: O Liberal
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