Feriados prolongados de 2023 devem aquecer turismo no Pará
O calendário de 2023 dos paraenses conta com 10 feriados sendo nove nacionais e um estadual. Destes, quatro serão prolongados ou já caem em uma segunda ou sexta-feira, os chamados feriadões. Esses feriados resultam em impactos positivos e negativos na economia paraense, dependendo da região e das atividades econômicas desenvolvidas, analisa o economista Nélio Bordalo.
Para o setor industrial do Pará, feriados prolongados prejudicam as atividades das empresas. Para os segmentos de serviços e comércio, dependendo da cidade, o feriado positivo é impulsionado pelo turismo, como o que ocorre em Santarém e Salinas. O mesmo não acontece com a capital Belém, que reduz a movimentação no comércio tradicional, exceto nos shoppings, exemplifica. Na comparação com 2022, onde o número bem maior, já que muitos feriados nacionais foram ou no final de semana ou numa quarta-feira, impossibilitando que as datas fossem emendadas. O último fodo paraense foi o Dia da Adesão do Grão-Pará à Independência do Brasil, 15 de agosto, que caiu em uma segunda-feira. Ao todo foram cinco feriados prolongados no ano, contando com Carnaval, Páscoa e Tiradentes e Corpus Christi.
O economista afirma que este aumento de feriados prolongados favorece apenas o comércio e serviços em cidades com movimentação de turistas locais ou de outros Estados. Na contramão, perdem faturamento a indústria caso ocorra redução ou paralisação no processo produtivo. Já o agronegócio não é afetado com os feriados, mas depende de planejamento para esse período, principalmente em relação ao escoamento de sua produção e logística de transporte, considera.
Sector empresarial
O presidente do Conselho de Jovens Empresários Conjove da Associação Comercial do Pará, João Marcelo Santos, avalia que empresários de bar, restaurante, hotel e demais estabelecimentos que atendem o turismo devem lucrar bastante em 2023. Essa quantidade de feriados é muito boa para essa parcela porque aumenta o fluxo de pessoas procurando passeios, descanso e entretenimento nessas datas, diz.
Por outro lado, o segmento do comércio vai ficar no negativo, pois os dias de feriados são dias a menos em produtividade. Acaba sendo um dia a menos no calendário para a empresa funcionar e gerar lucros. Isso é preocupante, continua.
Para diminuir a margem de perda de lucro, João Marcelo Santos indica que os patrões façam uso de banco de horas. Agente algumas empresas fazendo compensação de horas ou seja o funcionário folga nos feriados prolongados e usa essas horas que poderiam ser trabalhadas em um segundo momento. Outra opção é dar folga em outro dia. Se o feriado na quinta e a sexta vai ser enforcada, trabalha na quinta e faz o feriado na sexta, explica o titular da entidade.
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista e dos Lojistas de Belém Sindilojas, Eduardo Yamamoto, destaca que os feriados prolongados podem fazer o faturamento cair em até R$3 milhões. As vendas caem principalmente em lojas de rua e centros comerciais, porque nessas datas a tendência que o movimento se concentre nos shoppings centers. Mas at nos shoppings um feriado pode impactar em uma redução de R$2 a 3 milhões de reais no faturamento em relação a uma data til, salienta.
Mas o lado positivo que os shoppings estão se especializando em ser um centro de entretenimento, atraindo restaurantes, academia de ginástica, eventos sazonais como circo, exposições e shows, agregando a essa nova tendência de mercado as vantagens que já são do setor que asseguram comodidade, climatização e ambiente agradável, pontua Yamamoto.
Apesar dos números de folga a mais, o empresário Menasseh Zagury está animado para os lucros deste ano. Ele franqueado de uma marca de malas, mochilas, bolsas, sacolas e acessórios de viagem em Belém e por isso suas lojas devem vender ainda mais nos períodos que antecedem os feriados.
Com esse aumento dos feriados prolongados as pessoas viajam mais e com isso precisam consumir os produtos das minhas lojas. Então para mim vai ser muito bom, pois quanto mais as pessoas viajam mais a gente movimenta o caixa. Mas pros demais lojistas não vai ser bom, porque o movimento cai. Feriado bom em shopping, feriado que cai no meio da semana e as pessoas não têm outra opção de lazer na cidade, finaliza Zagury.
Fonte: O Liberal
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