Paraense que se juntou ao Estado Islâmico retorna ao Brasil após nove anos

A paraense Karina Aylin Rayol Barbosa, de 28 anos, voltou ao Brasil nesta quinta-feira após passar nove anos no Oriente Médio. Ela é considerada pelas autoridades a única brasileira ainda viva que integrou o Estado Islâmico (EI) na Síria e no Iraque. O caso tem repercussão internacional e volta a colocar Belém no centro de uma das maiores histórias de aliciamento do grupo terrorista.
Karina desembarcou no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, em um voo vindo de Damasco com escala em Doha, no Catar. A repatriação foi acompanhada por agentes da Polícia Federal e diplomatas brasileiros. Junto com ela retornou o filho de sete anos, fruto do casamento com um combatente do EI. Antes de se reunir com a família, a jovem prestou depoimento à PF.
Nascida e criada em Belém, Karina era estudante de jornalismo da Universidade Federal do Pará (UFPA) e sonhava em ser comentarista esportiva. Em abril de 2013, saiu de casa dizendo que faria um trabalho da faculdade e desapareceu. A investigação da PF revelou que ela embarcou primeiro para São Paulo e em seguida para Istambul, na Turquia. De lá, atravessou por terra até Aleppo, na Síria, onde passou a viver no califado do Estado Islâmico.
Durante esse período, o EI chegou a dominar uma área do tamanho do Reino Unido e impôs uma rígida estrutura de poder a milhões de pessoas. Karina viveu boa parte de sua trajetória em Raqqa, a capital simbólica do grupo. De família católica devota de Nossa Senhora de Nazaré, Karina não tinha descendência árabe nem ligação prévia.
Fonte: oliberal.com
Nosso Whatsapp
Clique aqui