
Visto por décadas como um problema de comportamento, crianças rotuladas como indisciplinadas, preguiçosas ou simplesmente difíceis, o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é reconhecido atualmente como uma condição neuropsiquiátrica caracterizada por desatenção, impulsividade e hiperatividade. Afetando cerca de 5% das crianças e 2,5% dos adultos no mundo inteiro, hoje já sabemos que o TDAH é altamente herdável, com milhares de variantes genéticas comuns. Embora numerosas, essas mudanças no DNA aumentam apenas ligeiramente a probabilidade de uma pessoa receber o diagnóstico.
Agora, em um estudo publicado recentemente na revista Nature, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Aarhus, na Dinamarca, analisou uma população de cerca de 20 mil pessoas com TDAH e indivíduos controle. Eles identificaram três genes específicos que contêm variantes raras associadas ao transtorno: MAP, ANO e ANK. Quando presentes, essas variantes raras comprometem proteínas essenciais nos neurônios cerebrais.
Em sua metodologia, os pesquisadores combinaram duas informações: quais genes estão mutados nas pessoas com TDAH e onde esses genes trabalham no cérebro. Descobriram que as variantes raras afetam principalmente dois tipos de neurônios: os que usam dopamina, essenciais para a atenção e o controle executivo. Essas variantes em MAP, ANO e ANK causam TDAH ao afetar a fiação interna e a comunicação elétrica dos neurônios.
Fonte: cnnbrasil.com.br
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