
Uma investigação da CNN descobriu que no período caótico após a eleição presidencial da Tanzânia no mês passado, policiais e homens armados atiraram contra grupos de manifestantes, muitos dos quais pareciam desarmados ou portavam apenas pedras e paus. Vídeos de casos, análise forense dos áudios dos tiros e relatos de testemunhas e vítimas documentam a brutalidade desencadeada contra os participantes de um protesto após a reeleição da presidente Samia Suluhu Hassan. Ela alegou ter vencido com dos votos no dia de outubro, depois de impedir os principais rivais de participarem da disputa presidencial.
Vídeos verificados pela CNN também comprovam relatos de testemunhas sobre os casos de morte e da repressão pós-eleições, mostrando necrotérios lotados com dezenas de corpos. Além disso, imagens de satélite e vídeos mostram solo remexido recentemente, com relatos de valas comuns no cemitério de Kondo, ao norte de Dar es Salaam, principal cidade do país do leste africano. Dois grupos de direitos humanos e testemunhas entrevistadas pela CNN afirmam que os corpos dos manifestantes mortos nas últimas semanas foram enterrados no local.
Após a eleição, as autoridades impuseram um toque de recolher e um apagão na internet, enquanto pessoas se reuniam nas ruas para contestar a exclusão dos rivais de Hassan das eleições. Quando a conectividade internet foi parcialmente restaurada uma semana depois, a polícia proibiu o compartilhamento de fotos e vídeos que causassem pânico. Inicialmente, autoridades governamentais negaram qualquer morte de manifestantes. Na semana passada, no entanto, a presidente reconheceu que houve algumas vítimas, mas não divulgou números.
Fonte: cnnbrasil.com.br
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