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Em entrevista de emprego, mulher sofre discriminação por ser mãe: ‘difícil contratar quem tem filho

A mulher publicou no LinkedIn uma conversa por mensagem de aplicativo com o recrutador, que a tratou com rispidez, descaso e discriminação
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Uma candidata a uma vaga de emprego, moradora de Cariacica no Espírito Santo, relatou nas redes sociais que sofreu discriminação durante um processo seletivo. Segundo o post que contém prints da conversa, o recrutador atrasou cerca de três horas do horário marcado e questionou a rotina de tantos compromissos de algum desempregado e alegou que é sempre difícil contratar quem tem filhos.

O caso

De acordo com a vítima, o recrutador havia entrado em contato com ela no dia anterior para agendar uma vídeo chamada para as 8h. No dia seguinte, ela mandou uma mensagem a ele para confirmar a conversa, mas esteve em retorno às 11h, quase três horas depois do agendado.

Como atraso, ela informou ao recrutador que não conseguiria entrar no horário solicitado por ele, pois tinha compromissos que impediam a ação, levando-o a dizer em tom de ironia que poderia imaginar os compromissos de uma pessoa desempregada.

Sentindo-se atacada, a moça se justificou dizendo que teria que organizar coisas relacionadas ao filho dela, recebendo a resposta “Sempre difícil contratar quem tem filhos mesmo”.

Samara Braga, de 32 anos, afirmou em entrevista ao G1 estar desempregada há dois meses e que estava em busca de uma nova oportunidade quando se deparou com a situação. Ela decidiu compartilhar o caso no LinkedIn para que a conversa servisse de alerta para outros recrutadores e candidatos da rede, levando o post a receber mais de 35 mil comentários.

“Aconteceu comigo e estou sem acreditar que exista profissional assim. No tipo de publicação que as recrutadoras gostam de ver no perfil, mas necessário compartilhar”, diz a legenda.

Samara conta que mesmo sem um emprego formal, ela procura equilibrar as funções de mãe com a produção de doces para conseguir sustentar o filho de apenas seis anos.

“Me sinto ofendida, discriminada, humilhada de ter que estar me desdobrando para colocar comida dentro de casa e ainda precisar passar por isso. A mulher precisa ter que se reinventar, ter que empreender o tempo todo para poder sobreviver. Um filho não impede uma mulher de trabalhar; pelo contrário, ele é uma motivação”, diz.

O que diz a lei

Segundo a advogada Bianca Martins Juliani, especialista em direito trabalhista, caso ocorra algum tipo de abuso, situações vexatórias ou discriminatórias, é possível pedir indenização por danos morais na área trabalhista. Também é possível fazer denúncias nos canais de ética ou ouvidoria da empresa.

Mesmo sem ter vínculo com a organização que está tentando uma vaga, o candidato pode buscar os canais internos de denúncia da empresa para reportar o problema.

A Inspeção do Trabalho do MTE tem uma área própria para o enfrentamento dessas práticas, que é a Coordenação Nacional de Combate à Discriminação e Promoção da Igualdade de Oportunidades no Trabalho, bem como coordenações regionais descentralizadas.

O canal de denúncia denuncias.sit.mte.gov.br. Sobre o caso, Samara afirma que não pretende fazer uma denúncia formal. Fonte: O Liberal.

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