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Problemas em salas e laboratórios deixam alunos sem aula na Ufra

Segundo os estudantes, faltam insumos básicos nos laboratórios, que possuem equipamentos quebrados e não recebem nenhum tipo de manutenção
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Universitários da Ufra (Universidade Rural da Amazônia), em Belém, estão enfrentando dificuldades em salas de aula do Campus, que se encontram com problemas estruturais em diversas áreas. Segundo os estudantes, aausência de uma estrutura adequada impossibilita que as aulas ocorram normalmente.

Um dos prédios mais antigos da universidade, do curso de agronomia, é apontados pelos estudantes como um dos mais problemáticos. Segundo Cadu Maia, vice-presidente do centro acadêmico, os alunos correm riscos de acidentes nas salas de aula.

“O prédio do nosso curso é o mais antigo e não passa por reforma há muitos anos. Tem pedaço de gesso caindo do teto e as salas tem a fiação do ar-condicionado exposta. Nos laboratórios faltam reagentes e elementos químicos para ter a aula prática”, explica o universitário de 20 anos.

Os problemas listados pelo estudante estariam comprometendo a progressão do curso de agronomia, uma vez que muitas aulas não foram realizadas pela falta de itens básicos nos laboratórios.

“Algumas aulas foram canceladas, devido a falta de reagentes no laboratório. Tivemos o adiamento do calendário, porque alguns professores não conseguiram cumprir a carga horária, e a gestão passou por cima da comunidade universitária, aumentado o calendário universitário, o que causou até a reprovação de alunos em certas disciplinas”, salienta o estudante do 4º semestre de agronomia.

Os danos estruturais na universidade também deixam insatisfeita a estudante Larissa Dias, 19 anos. A universitária afirma que as meninas sofrem por não ter um banheiro que funcione dentro do prédio onde assistem às aulas.

“O banheiro feminino do térreo não tem luz e nem água. Por muitas vezes falta água no prédio e somos obrigadas a andar para outros locais, se quisermos usar o banheiro”, reclama a acadêmica.

Ainda de acordo com a estudante, os professores precisam improvisar divisões de alunos nos laboratórios, já que não existem computadores suficientes para atender todos no laboratório.

“De 30 computadores funcionam menos da metade. Os professores têm que dividir a turma em duas, para poder passar o conteúdo, já que não tem computador para todos alunos”, denuncia a estudante.

Os problemas envolvendo aulas em laboratórios se estendem para o prédio do curso de Medicina Veterinária. Segundo o estudante Tasso Aguiar, as aulas são prejudicadas pela falta estrutura e equipamentos essenciais.

“Muitos equipamentos estão subutilizados, quebrados, e não recebem nenhum tipo de manutenção. Em um laboratório, há cerca de 25 microscópios, mas só cinco ou seis funcionam. Várias ferramentas estão danificadas e falta segurança para que possam ser utilizadas”, destaca o estudante.

Outro problema relatado pelo jovem é a falta de acessibilidade no Campus, que afeta principalmente as pessoas que têm deficiências físicas.

“Uma estudante que é cadeirante desistiu de continuar no curso pela falta de acessibilidade. Um dia, ela chegou a cair no banheiro, porque existia um buraco no final de uma rampa de acesso que ela utilizava”, lamenta o universitário.

As dificuldades na universidade não são vivenciadas apenas pelos estudantes. Oprofessor de microbiologia e imunologia veterinária, Alexandre Casseb, conta que há muitos anos a Ufra vem sofrendo com a falta de reforma e manutenção dos laboratórios, uma situação que dificulta o seu trabalho de magistério.

“Em maio deste ano um transformador queimou e passamos 29 dias sem energia em nosso setor, que compreende diversos laboratórios da medicina veterinária. A falta de energia elétrica causou a perda de todas as nossas amostras biológicas, um problema que comprometeu as aulas do curso”, conta o professor.

A insatisfação com as condições relatadas levou os estudantes a organizarem manifestações contra a gestão da universidade. Em junho deste ano, os acadêmicos protestaram na avenida perimetral, no bairro da Terra Firme, exigindo melhorias estruturais no Campus.

No entanto, Cadu Maia relata que mesmo com os projetos os problemas persistem, uma situação que, segundo ele, dificulta a continuidade dos estudos na Ufra.

“A gente se sente desmotivado a permanecer dentro da universidade porque ela não recebe reformas. Uma universidade que leva o nome da Amazônia, produz ciência tanto para a área urbana e rural, e mesmo assim está nessa situação de hoje”, se queixa o aluno.

Fonte: O Liberal 

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