
Policiais mataram pessoas em nove estados brasileiros. Do total de vítimas, negras correspondem a 70% dos casos. Os números são da sexta edição do relatório “Pele Alvo: crônicas de dor e luta” da Rede de Observatórios da Segurança, iniciativa do CESec (Centro de Estudos de Segurança e Cidadania).
O estudo analisou os dados da LAI (Lei de Acesso à Informação) de Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e São Paulo. Em média, duas pessoas são mortas por dia nesses estados monitorados. Os jovens de 15 a 29 anos foram as principais vítimas, representando 70% do total de casos.
O relatório também aponta que crianças e adolescentes de 0 a 17 anos foram vítimas, além de um caso envolvendo uma criança de 10 anos. Os dados de negros mortos por mil habitantes em relação à população branca mostram que em todos os nove estados analisados, pessoas negras têm mais chances de serem mortas pelas polícias do que as pessoas brancas.
Na Bahia, por exemplo, uma pessoa negra tem seis vezes mais chances de ser morta por policiais do que uma pessoa branca. A Bahia lidera em número absoluto de mortes por intervenção policial, com 47 vítimas. O relatório também destaca a falta de transparência, com uma em cada oito mortes sem informação sobre a raça ou cor da vítima. Por outro lado, houve uma redução de 19% nas mortes decorrentes de intervenção policial no período de seis anos.
Fonte: cnnbrasil.com.br
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