Obras da COP 30 tentam conter décadas de alagamentos nas 'baixadas' de Belém

Belém é uma cidade cheia de rios e canais, e boa parte da população vive em áreas baixas, as chamadas baixadas, regiões que ficam até quatro metros acima do nível do mar e são a cara da cidade. Com o avanço das moradias sobre áreas naturalmente alagáveis e um dos piores índices de saneamento do país, a periferia da cidade enfrenta desafios históricos de drenagem. Nessas áreas, as obras da COP trazem esperança para quem sofre com alagamentos há décadas, mas pesquisadores ressaltam que esses projetos precisam de mais arborização.
Aos 65 anos, Marinete Duarte da Silva vive há mais de 40 anos em uma alameda no bairro do Mangueirão. O local recebe desde fevereiro de 2018 os serviços de macrodrenagem dos canais do Benguí e da Marambaia, uma das obras da COP com orçamento de R$ 10 milhões. A aposentada conta que antes das obras da COP, os alagamentos eram frequentes no bairro, destruindo os móveis da casa várias vezes e agravando suas dores na coluna. Marinete já teve que levantar o piso da casa diversas vezes para lidar com os alagamentos constantes.
Belém conta com mais de 50 canais cortando a cidade, e pelo menos 20 deles recebem serviços de drenagem, saneamento e urbanização com recursos da COP, executados pela prefeitura ou governo do estado. Por outro lado, um dos municípios mais populosos do Brasil, a cidade tem um dos piores índices de saneamento básico, estando em 15º lugar entre as maiores cidades do país no Ranking do Saneamento de 2020 do Instituto Trata.
Fonte: g1.globo.com
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