O 'roubo' que mudou a história de Belém e da Amazônia — e suas lições para a cidade da COP30

Série especial de vídeos verticais do Google explica tudo de mais importante sobre a COP em Belém. O ano era 1876 e o local era o porto de Belém do Pará. O inglês Henry Wickham a bordo do transatlântico SS Amazonas estava nervoso. Um atraso poderia arruinar a carga valiosa e perecível que ele carregava no porão: mil sementes da Hevea brasiliensis, a seringueira. Às autoridades portuárias paraenses, ele declarou que dentro das caixas havia amostras botânicas extremamente delicadas destinadas ao Jardim Botânico Real de Kew Gardens, de propriedade de Sua Majestade Britânica, a rainha Vitória, em Londres.
Liberado para cruzar o Atlântico numa viagem calma e azul, o inglês deixava para trás uma cidade em obras que estava se transformando em uma das mais modernas e pujantes das Américas, mas não por muito tempo. Como a elite de Belém iria descobrir algumas décadas mais tarde, o objetivo encoberto pelo inglês era puramente econômico: estabelecer uma indústria de cultivo de seringueiras, então exclusivas da Amazônia, do outro lado do mundo, nas colônias britânicas na Ásia. Naqueles anos, a industrialização nos países da Europa e nos EUA crescia a um ritmo rápido e a demanda pela poderosa borracha encontrada no Brasil, que passou a ser usada em pneus e máquinas, explodia.
Na década de 1870, chega a Belém uma expedição científica liderada pelo naturalista britânico Richard Spruce. Seu objetivo era estudar a flora e a fauna da região amazônica. Durante a expedição, Spruce coletou milhares de espécies de plantas e animais, contribuindo significativamente para o conhecimento científico sobre a região. Suas descobertas foram fundamentais para o desenvolvimento da botânica e da ecologia na Amazônia, e seu legado perdura até os dias atuais, influenciando pesquisas e estudos na região.
Fonte: g1.globo.com
Nosso Whatsapp
Clique aqui





