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Na COP 27, Lula cobra ONU e critica ‘discussões teóricas intermináveis’ sem medidas práticas

Presidente eleito criticou que as decisões tomadas globalmente muitas vezes não são cumpridas ou levadas a sério
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Em encontro com a sociedade civil nesta quinta-feira (17), na Conferência Mundial sobre Mudanças Climáticas (COP 27), o presidente eleito do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva voltou a cobrar que as Nações Unidas, que, inclusive, é a organização responsável pelo fórum, tome medidas para que os debates sejam postos em ação e tenham efeitos reais para o planeta.

Na avaliação de Lula, as reuniões dos líderes globais muitas vezes são fóruns de “discussões teóricas intermináveis” e que não levam a medidas práticas. Para mudar esse cenário, defendeu que deveria existir uma espécie de governança global que cobrasse por em prática as ações. “Se depender das discussões internas, do estado nacional, no Congresso Nacional, muitas coisas aprovadas sobre o clima não são colocadas em prática”, explicou.

Lula cobrou novamente que os países mais ricos cumpram o que foi prometido no Acordo de Copenhague, quando prometeram doar US$ 100 bilhões ao ano a partir de 2020, para a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas nos países subdesenvolvidos, mas, até agora, esse recurso não foi enviado, segundo o petista. “Sinceramente, as pessoas parecem que esquecem”, acrescentou. Ele disse que esse recado não é uma cobrança, apenas que queria “lembrar que tem uma dívida a ser paga”.

O presidente eleito informou ainda que, ao final da COP, se reunirá com o secretário-geral da ONU, António Guterres, para discutir seu ponto de vista sobre o assunto.

Críticas ao afastamento entre governantes e população

Lula também reprovou a falta de aproximação de outros presidentes com a sociedade civil, dizendo que “são poucos os governantes que se dispõem a ter uma reunião como essa”, comparando com o encontro que teve nesta manhã. “Eu acho que na ONU da sociedade civil os presidentes dos países poderiam falar, fazer um discurso dizendo com o que cada um de nós se compromete com a sociedade civil do planeta”, apontou.

Maior diversidade nas representações da ONU

Para Lula, outra falha nas Nações Unidas atualmente é a falta de inclusão de mais países não-europeus em posições estratégicas: “Precisa ter país africano no Conselho de Segurança, país americano, país asiático… Não é possível”. Outra mudança proposta é de que nenhum país deveria mais ter o direito ao veto. “Se a gente não tiver a ONU forte, a gente não vai levar a questão do clima como a gente pensa que se tem que levar”.

Cúpula dos países amazônicos

Novamente, como foi no pronunciamento de ontem (16), Lula disse que tentará reunir todos os países amazônicos no ano que vem, em uma cúpula, algo que seria inédito na história mundial. “É o Brasil que tem que tomar a iniciativa de convidar as pessoas”, enfatizou.

Fonte: O Liberal 

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