Lixo nas praias ameaça reprodução de tartarugas marinhas
No inácio desta semana, fotos e vádeos da sujeira que foi deixada pelos veranistas nas praias de Salinópolis viralizaram nas redes sociais e o problema tem preocupado pesquisadores e ambientalistas. Plá¡sticos, vidros, latinhas e restos de comida ficam espalhados por uma extensa faixa de areia. Situação que se repete a cada ano, principalmente, durante as férias escolares e em feriados prolongados, quando Salinas recebe uma grande quantidade de turistas.
DOL solicitou, por e-mail, informações á Prefeitura de Salinópolis sobre a quantidade (em quilos/toneladas) de resáduos que foram recolhidas das praias e, também, perguntou sobre as medidas que serão tomadas para minimizar o problema. Ainda aguardamos a resposta.
Outra pergunta que tem sido feita é “para onde vai toda a sujeira que não é recolhida das praias? As respostas não são nada boas – como já¡ se sabe!. Contudo, antes de dizer alguns dos caminhos deste lixo, é importante lembrar que as tartarugas marinhas estão no peráodo de reprodução – inclusive Salinópolis é um dos berçá¡rios onde as fáªmeas fazem seus ninhos depositando ovos na areia.
A reprodução ocorre até meados de setembro. Porém, o que muitas pessoas não sabem, é que as tartarugas e outros animais marinhos correm risco de vida devido os resáduos deixados nas praias e que são levados pela maré para o local.
Recentemente, pescadores e frequentadores da quase deserta praia da Marieta, no municápio de Maracanã, começaram a observar o aparecimento de uma grande quantidade de resáduos ao longo da faixa de areia. São garrafas, latinhas de cerveja e refrigerante e plá¡sticos que os visitantes acreditam terem sidos arrastados pelas correntes marinhas de Salinópolis para lá¡.
Ocorre que a praia da Marieta é uma á¡rea de preservação ambiental e santuá¡rio ecológico que favorece a reprodução de vá¡rias espécies de aves e, também, de tartarugas marinhas. Atualmente, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) monitora os ninhos de tartarugas neste ambiente.
Acessando o Google Maps é possável constatar que a distá¢ncia entre Salinas e a Marieta é curta – tanto é que alguns turistas costumam ir de barco de Salinópolis para esta praia, em busca de uma aventura diferente.
A situação tem preocupado pesquisadores da Universidade Federal do Pará¡ (UFPA), que trabalham com o monitoramento de tartarugas marinhas na região do salgado paraense. Sem poder dar entrevista, alguns destes pesquisadores relataram que os resáduos tem atrapalhado, inclusive, no trabalho de procura e identificação dos ninhos.
A reportagem solicitou informações para a Prefeitura de Maracanã sobre esse surgimento de resáduos na praia da Marieta e, também, perguntou se já¡ está¡ sendo realizada alguma ação por parte da Secretaria Municipal de Meio Ambiente para solucionar o problema.
O DOL também solicitou um posicionamento ao ICMBio sobre a sujeira na praia da Marieta e sobre as medidas que o órgão irá¡ tomar e aguarda retorno.
Fonte:dol.com.br
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