Lições ao Rio? Como Medellín deixou de ser “cidade mais perigosa do mundo”

Presidente colombiano Gustavo Petro se manifestou nas redes sociais após a megaoperação policial que deixou mais de 25 mortos no Rio de Janeiro. Ele classificou as imagens de corpos enfileirados na Praça São Lucas como barbarie. Em publicação nas redes sociais, Petro afirmou que, seguindo os passos de Bolsonaro, Cláudio Castro, com sua polícia do Rio de Janeiro, deixou mais de cem mortos nas favelas do Rio, pontuando que a operação foi semelhante à ocorrida na Comuna de Medellín.
A referência feita por Petro diz respeito às ações policiais que aconteceram na segunda maior cidade da Colômbia no início do milênio, com destaque para a controversa Operação Orión, iniciada em outubro de 2002. Especialistas ouvidos pela CNN Brasil explicaram que o sucesso de Medellín em superar a violência veio mais do que do combate direto ao crime organizado, a partir da tomada de medidas de investimento que permitiram o desenvolvimento socioeconômico da região.
A professora de Relações Internacionais da Unifesp, Regiane Bressan, disse à CNN Brasil que a luta em Medellín contra o narcotráfico e a violência se desenvolveu em várias fases. Entre o fim dos anos 80 e início de 90, a cidade foi marcada pela atuação do cartel de Pablo Escobar, que tinha hegemonia sobre o tráfico internacional de cocaína. Nesse contexto, Medellín foi considerada a cidade mais perigosa do mundo. Uma reportagem da revista Time de 1988, por exemplo, chegou a usar o termo “cidade da eterna violência”.
Então, nós tivemos primeiro uma fase de confronto direto, que foi o desmantelamento do Cartel de Medellín de Pablo Escobar. Isso contou com forte apoio dos Estados Unidos, pontuou Regiane Bressan.
Fonte: cnnbrasil.com.br
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