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Inclusão é pauta principal no dia da Pessoa com Deficiência

Mais de 17 milhões de brasileiros tem algum tipo de deficiência e enfrentar o capacitismo é o maior desafio da sociedade.
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Um levantamento realizado em 2019 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com o Ministério da Saúde apontou que 84% da população brasileira tinha algum tipo de deficiência, o que representa 173 milhões de pessoas acima de 2 anos de idade. Deste total, 24.8% eram idosos, sendo 8.5 milhões de pessoas. Para lembrar e conscientizar a sociedade em geral, nesta quarta-feira, 21, celebra-se o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência. A data foi criada a partir da Lei nº 11.133 de 14 de julho de 2005, mas é comemorada desde 1982. A pesquisa detalhou os tipos de deficiência e mostrou, por exemplo, que apenas 28.3% das pessoas com deficiência em idade de trabalhar (14 anos ou mais) estavam na força de trabalho, ante 66.3% daquelas sem deficiência. A garantia do pleno desenvolvimento, a inclusão na sociedade com autonomia e a qualidade de vida estão entre os direitos da pessoa com deficiência. A data também representa um momento de reflexão sobre os avanços e as medidas necessárias para assegurar a inclusão desse público, conforme explicou o advogado Evandro Alencar, presidente da Comissão de Proteção aos Direitos da Pessoa com Deficiência da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) – Seção Pará. O intuito do 21 de setembro é possibilitar uma reflexão sobre medidas de promoção da acessibilidade e da luta por igualdade e autonomia para esse público. A data surgiu na década de 80 para discutir sobre os direitos das pessoas com deficiência e conscientizar as pessoas acerca da necessidade de construir uma sociedade mais justa e inclusiva. Para o advogado, enfrentar o capacitismo, ou seja, a discriminação contra a pessoa com deficiência, é o maior desafio da sociedade, uma vez que é um viés errôneo que questiona a capacidade das pessoas com deficiência e é responsável por alimentar grande parte do preconceito em nossa sociedade. É preciso lutar por mais inclusão social, acessibilidade e igualdade de oportunidades em políticas de emprego apoiado e educação inclusiva para eliminar efetivamente todas as formas de exclusão e assim mitigar os efeitos negativos do capacitismo. Evandro Alencar ressaltou alguns avanços que aparam a pessoa com deficiência. Dentre eles, está a Lei Brasileira de Inclusão (Lei nº 13.146/2015), uma legislação que tem bastante qualidade, embora seja necessária uma maior divulgação e conhecimento dos profissionais de direito para conseguir efetivá-la adequadamente, ponderou. Ações efetivas são essenciais para buscar meios de inclusão da pessoa com deficiência na sociedade. Uma das iniciativas que têm feito a diferença nas vidas dessas pessoas é o Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR), sediado em Belém, que atende mensalmente uma média de 30 mil pessoas. O centro existe há 4 anos e oferece consultas, serviços de diagnóstico e diversos tipos de terapias, atuando em quatro linhas de reabilitação da pessoa com deficiência, sendo ela física, auditiva, visual e intelectual. O CIIR atende pessoas de todas as idades encaminhadas pelas Unidades de Saúde, por meio da Central de Regulação de cada município, que por sua vez encaminha para a Regulação Estadual. Todos os atendimentos são gratuitos, através do Sistema Único de Saúde (SUS). O coordenador do Centro Especializado de Reabilitação do CIIR, Bruno Cruz, ressalta que as intervenções precoces são essenciais para reabilitar e garantir autonomia da pessoa com deficiência desde cedo. “Temos o atendimento de estimulação precoce para que crianças de até três anos realmente não precisem de uma reabilitação mais específica. A ciência entende que a criança tem uma faixa de desenvolvimento com maior quantitativo de ganhos antes dos três anos. Quanto mais a gente ensina nesse momento, mais ela tem a aprender e consegue ter ganhos melhores do que um adulto já formado”, pontuou. O coordenador acrescenta que o CIIR funciona como um centro integrado com consultas, terapias, exames como de ressonância magnética e uma gama de serviços agregados à reabilitação, visando um atendimento global dos pacientes, incluindo atividades de arte e cultura. Os médicos fecham o diagnóstico das crianças ou até mesmo de adultos que tenham um diagnóstico tardio. Maria Isis Macambira, de 7 anos, foi diagnosticada com paralisia cerebral ao nascer. Com a criação do CIIR, a família de Maria conseguiu incluir a menina com os demais serviços e hoje os avanços são perceptíveis. “Melhorou muito desde que ela começou a vir aqui. A evolução dela é notável. Antes, ela não conseguia nem ficar em pé, agora ela já dá uns passinhos e anda. Ela faz terapia ocupacional, natação e várias atividades que ajudaram muito ela a melhorar. Hoje em dia ela fala bem, levanta. A gente pensava que ela não ia andar, que não ia falar bem, mas graças a Deus, um acolhimento que não tem palavras assim. Nota dez para eles”, afirmou a técnica de enfermagem Yasmim Macambira, 21, irmã de Maria Isis. Fonte: Diário Online.

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