Hotéis em Belém cobram diárias até R$ 5.700 para COP 30, e governo federal apura se aumentos são abusivos

Sindicato classifica medida como intervenção indevida na atividade privada e diz que hotéis não são o ‘vilão da história’. Visão do centro de Belém. A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), vinculada ao Ministério da Justiça, está investigando se houve aumento abusivo nos preços de hospedagem na Grande Belém para a COP, que ocorrerá em novembro na capital paraense. Para isso, enviou notificações a hotéis e ao sindicato do setor, solicitando esclarecimentos sobre as diárias cobradas. O sindicato do segmento repudiou a medida, classificando-a como intervenção indevida. Em sites de reservas, a diária chega a R$ 500. A hospedagem para dois adultos por noites, por exemplo, pode chegar a R$ 1 mil, cerca de US$ 250.
Os preços altos foram alvo de críticas ao governo brasileiro durante um encontro preparatório para a COP em Bonn, na Alemanha. Especialistas ouvidos pelo jornal relatam que a questão dos preços de hospedagem em Belém esquentou as discussões nas reuniões desse encontro da ONU. “Tornou-se uma questão diplomática que precisa de resolução imediata”, disse uma das participantes. O presidente do Sindicato de Hotéis e Restaurantes de Belém e Ananindeua, Fernando Soares, afirmou que as notificações da Senacon são uma intervenção indevida do governo na atividade privada e que os custos para hospedagem na COP são diferenciados.
Segundo Soares, os preços aumentaram devido aos investimentos feitos pelas empresas com modernizações e reformas. “A Shores foi a entidade notificada, além dos hotéis, é óbvio que vai haver diferenciação de preço. Não pode o governo determinar o que acha que deve ser cobrado”, destacou. A Senacon está aguardando os esclarecimentos solicitados para avaliar se houve, de fato, aumento abusivo nos preços de hospedagem na região da Grande Belém.
Fonte: g1.globo.com
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