Crianças infectadas por varáola dos macacos na cidade de SP têm entre 4 e 6 anos, diz Prefeitura.
O texto da Prefeitura de São Paulo confirmou na noite desta quinta-feira, 28, que três casos de monkeypox varíola dos macacos em crianças. Setratam de duas meninas de seis anos de idade e um menino de quatro anos. Esses são os primeiros casos registrados em crianças na capital.
Segundo o secretário municipal de Saúde, Luiz Carlos Zamarco, os menores apresentaram bolhas na pele, vesículas, dilatação nos gânglios e febre. Todas estão em suas residências sendo monitoradas.
Pela investigação realizada pela secretaria, uma das meninas teve contato com um parente que estava com a doença. Já os outros dois casos seguem sob análise para verificar a origem das infecções.
No último sábado, 23, a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou que a doença é uma emergência de saúde pública de caráter global. Com a nova realidade internacional, busca-se aumentar a coordenação entre os países e reforçar os mecanismos de busca ativa com o objetivo de implementar medidas que ajudem a conter a circulação do vírus, afirma o comunicado divulgado pela Secretaria Municipal da Saúde nesta quinta, 28.
Ainda segundo a nota desde os primeiros alertas da OMS para a doença, a SMS instituiu protocolos para toda a rede pública e privada para o atendimento dos casos suspeitos. O órgão está com toda a operação de atendimento, diagnóstico e monitoramento em pleno funcionamento.
O atendimento para os casos suspeitos da doença está disponível em toda a rede municipal de saúde, como Unidades Básicas de Saúde (UBS), prontos-socorros e pronto-atendimentos. A rede foi capacitada e conta com insumos para coleta de amostras das lesões cutâneas, secreção ou parte da ferida para análise laboratorial, afirma a pasta.
O estado de São Paulo é o que mais registra casos de varíola dos macacos em todo o país, 744 de acordo com a Secretaria Estadual da Saúde divulgou na terça-feira, 26. Com 978 diagnósticos positivos, o Brasil é o sexto país no mundo com mais casos.
Uma das explicações médicas para a doença ter se espalhado com tanta rapidez é que em muitos casos os sintomas têm sido discretos. Algumas pessoas apresentam, por exemplo, poucas lesões na pele e não se isolam como recomendado.
Aldert técnica da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o controle da doença, Rosamund Lewis, disse que a situação brasileira é muito preocupante e que é importante que as autoridades tomem conhecimento da emergência de saúde pública de interesse internacional e tomem as medidas adequadas.
Uma das principais ações de combate é conseguir a vacina que garante proteção de 80% contra o vírus que está sendo fabricada na Dinamarca. O governo do estado já informou que pretende comprar doses ou até produzi-las no Instituto Butantan.
Neste momento, a OMS não recomenda a vacinação em massa, mas a aplicação de doses em pessoas que foram expostas ao vírus ou em grupos que estejam em risco maior
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