
Na Amazônia, a biodiversidade se transforma em renda sem precisar derrubar árvores. Só o açaí paraense responde por 90,4% de toda a produção do fruto no Brasil. Entre 1999 e 2023, as exportações de derivados saltaram de menos de uma tonelada para mais de 61 mil toneladas, movimentando US$ 45 milhões na economia local.
A castanha-do-pará também mantém milhares de famílias. Em 2024, duas mil toneladas geraram US$ 16 milhões. O impacto é ainda maior quando o processamento é feito na própria região, gerando empregos formais no setor que cresceram 864% entre 2010 e 2022.
Essa chamada bioeconomia “gourmet” vem atraindo startups que unem saber tradicional e mercado global. Programas de incentivo impulsionam o modelo. Um estudo do World Resources Institute (WRI) projeta que, se ganhar escala até 2050, a bioeconomia pode adicionar R$ 40 bilhões ao PIB da Amazônia Legal e criar 833 mil novos empregos.
- Pelo projeto Floresta+ Amazônia, uma iniciativa do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) financiada pelo Fundo Verde para o Clima, 217 pequenos produtores já receberam R$ 2,2 milhões para manter quase 12 mil hectares de floresta.
Novos recursos também chegam por meio de acordos internacionais. A Coalizão LEAF fechou a compra de 5 milhões de créditos de carbono a US$ 15 cada, totalizando um pacote de US$ 180 milhões, com parte do valor destinada diretamente às comunidades.
Fonte: g1.globo.com
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