Central de Abastecimento de Capanema: empurra de lá, empurra de cá e a obra segue parada
A população de Capanema segue esperando pela Central de Abastecimento – o tradicional Mercado Municipal – mas, até agora, o que se vê é uma estrutura fechada, sem utilidade, e um jogo de empurra que escancara o verdadeiro motivo do atraso: a guerra política entre grupos que, até ontem, caminhavam lado a lado.
A atual gestão, comandada por Claudionor Moreira – que foi vice na administração anterior, alegou através de um material publicado em suas redes sociais que a obra só tem pouco mais de 40% de pronta, e aponta diversas pendencias. Já o ex-secretário de Obras, Ivanildo Pessôa, veio a público com uma nota, dizendo o contrário: que a reforma foi deixada com mais de 95% concluída, com contrato vigente, empresa notificada e todas as informações repassadas na transição de governo. Segundo ele, a responsabilidade agora é, sim, da nova gestão, que, segundo informações, tem criado dificuldades para dar prosseguimento na obra que está parada.
No meio dessa confusão, sobra para quem? Para o povo.
É inadmissível que uma obra pública essencial, como o mercado municipal, continue fechada e um dos motivos que se comenta é que seja por pura disputa de narrativa. A Central de Abastecimento é mais do que uma estrutura física: é sustento para dezenas de feirantes, geração de renda, e acesso direto da população a alimentos frescos e com preços justos. Deixar isso parado é um ato de descaso.
Pior ainda é ver uma gestão que se vendeu como “avanço” agora jogando a culpa no passado. Se, como disse o ex-secretário, tudo foi deixado documentado e o contrato está vigente, o mínimo que se espera é que a atual administração cumpra com seu dever de dar andamento ao que foi iniciado – e não fazer politicagem com uma obra pública.
A verdade comentada nos bastidores da política é simples: a briga entre ex-prefeito e atual prefeito, que ontem eram aliados e hoje viraram rivais, tem atrasado a entrega de um espaço vital para a economia local. Enquanto isso, feirantes estão de braços cruzados, e a população perde um equipamento público que deveria estar funcionando.
É fundamental lembrar que a gestão pública é impessoal — ou seja, não cabe essa narrativa de empurrar a responsabilidade para a gestão passada. Se o contrato com a empresa executora está vigente, que a Prefeitura a notifique imediatamente para concluir os serviços ou responder formalmente às supostas irregularidades. E se nada for feito, que o atual governo pare de reclamar e faça o que precisa ser feito: entregue a obra. Se há erros técnicos, que sejam corrigidos. Se há pendências contratuais, que sejam cobradas. Mas que a Prefeitura de Capanema pare de usar o mercado como palanque político e comece a governar. Quem tem fome, tem pressa. E quem quer trabalhar, não pode esperar promessas eternas de campanha. A eleição já passou e agora o povo quer ver resultados e não apenas buracos pintados nas ruas.
Por PortalCapanema
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