Bicicleta evita o uso de ao menos 200 ônibus por dia em Belém, mas está fora do debate na COP30, dizem ativistas

Uma pesquisa inédita sobre o uso da bicicleta em Belém mostra que o pedal é muito mais do que uma escolha individual, sendo parte central da mobilidade cotidiana na cidade que recebe a COP. A contagem registrou bicicletas transportando pessoas na semana da pesquisa, o que equivale a evitar sozinhas a necessidade de cerca de ônibus circulando diariamente, segundo o relatório da Pesquisa Origem-Destino com ciclistas realizada em 2021.
Quanto mais bikes nas ruas, menor a emissão de poluentes na atmosfera. Apesar disso, cicloativistas apontam que a mobilidade ativa praticamente não aparece na programação oficial da conferência da ONU sobre o clima, o que consideram um contrassenso diante da urgência em reduzir emissões e ampliar formas limpas de transporte. No contexto da COP, que acontece em Belém até o dia 14 de novembro, a bicicleta ganha ainda mais peso simbólico.
Pedalar faz bem para o meio ambiente porque é zero poluente e faz bem para a saúde do corpo por ser um transporte ativo. Pedalar faz bem para o amazônida e bem para a Amazônia, destaca Daniele Queiroz, presidente do Pará Ciclo. Ela reforça que, mesmo com o papel comprovado da bicicleta na redução das emissões e na inclusão social, a mobilidade ativa não aparece como eixo estruturante das discussões oficiais.
- Para a União de Ciclistas do Brasil (UCB), a ausência do tema na COP é preocupante. O transporte é um dos principais responsáveis pelas emissões de gases de efeito estufa. Ignorar caminhar e pedalar significa deixar de lado as soluções mais acessíveis, inclusivas e de baixo carbono que existem, afirma Ana Carboni, conselheira da entidade.
Fonte: g1.globo.com
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