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Bancas de revista se reinventam e sobrevivem ao digital

Espaços tradicionais da cidade diversificam vendas para manter ou aumentá-las.
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Reinvenção da palavra escolhida pelos jornaleiros para definir o momento atual das bancas de jornais e revistas que resistem às mudanças no consumo de informação e literatura das novas gerações devido especialmente à digitalização em Belém. O mercado tem se reinventado com a diversificação de produtos para dar um fôlego extra ao negócio. Há 30 anos localizada na Travessa Padre Eutquio no bairro da Batista Campos, a Banca Cabanos faz parte da rotina dos transeuntes e moradores do entorno. Enquanto comenta sobre as mudanças e histórias que rondam seu local de trabalho, o jornaleiro Leonardo Adson, 45 anos, acena aos amigos de longa data que passam pela banca de revista e para para bater um papo. Alguns eu conheço desde moleque, já quem moro próximo daqui. Esse contato com as pessoas, ao conhecer histórias, é o que me liga a esse lugar, isso aqui é minha paixão, afirma Leonardo. Apaixonado por literatura e rodeado por livros e revistas de todos os gêneros, o funcionário da banca revela que trabalha há 20 anos no local. Hoje ainda sai muito jornal. Ainda tem os clientes que gostam sim. Não acredito que essa tradição vai acabar, comenta. A diversificação dos produtos tem sido a aposta para que o negócio continue de pé. No auge da pandemia em 2020, Leonardo revela que, com a baixa circulação de pessoas por conta das restrições impostas para conter a disseminação da doença, surgiu a ideia de comercializar máscaras de proteção. Assim, para sobreviver, agora a Banca dos Cabanos não se resume apenas às vendas dos impressos. Entre cabos de carregador para celular, sombrinhas e queijos, o funcionário conta que nas datas comemorativas a comercialização de produtos específicos voltados para as datas é uma forma de gerar renda extra.

Leonardo diversificou vendas com livros e até componentes para celular
Leonardo diversificou vendas com livros e até componentes para celular Wagner Almeida/Diário do Pará

Se a variedade dos produtos comercializados aumentou, a procura por diferentes gêneros literários também. Além de HQs e mangás, histórias em quadrinhos japonesas, o que mais tem saído? A faixa de idade da galera diversa vai do adolescente de 16 anos ao adulto de 30 que chega do trabalho e passa por aqui e leva um. Eu, por exemplo, sou um leitor bem antigo de mangá, revela. Para o biomédico, por exemplo, o leitor assíduo e jornaleiro com orgulho, a figura das pessoas que vivem nesse ramo é folclórica, uma vez que fazem parte da identidade social da cidade, transpassando gerações e transmitindo histórias. A gente integra a cultura da cidade, trabalhando aqui a gente sabe de muita coisa, conhece muita gente e muitos lugares. A banca muitas das vezes também tem função turística, já que muitos turistas param aqui e pedem informação, um ponto interessante, finaliza. E por falarem em turismo, impossível não lembrar da Praça da República, um dos pontos turísticos da cidade que renem pessoas e histórias de amizade com o adorável jornaleiro Alvino Barreto, 63, o proprietário da tradicional Banca do Alvino, e o tecnólogo em gestão pública de 59 anos, Júlio Saraiva. Especialista na venda de diversos jornais locais e nacionais, a banca do Alvino resiste ao tempo, especificamente há 33 anos. Mas para seguir firme, necessário seguir as tendências atuais e a banca…

Júlio Saraiva, leitor assíduo de jornais e frequenta sempre a Banca do Alvino Wagner Almeida/Diário do Pará

Olha aqui tem muitas apostilas para concurso desde que me formei eu estudo para concurso essa aqui é a melhor comenta Júlio Saraiva enquanto aponta para uma das várias apostilas expostas. Amigo de longa data de Alvino e frequentador da banca, o tecnólogo em gestão pública, um ávido leitor de jornais impressos e adora os cadernos de política para se manter bem informado. A minha geração consumia informação por meio dessa fonte de notícias, então eu prefiro por conta da credibilidade completa. Fonte: Diário Online

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